Charles
Ontem reassisti um filme que nem tinha dado muita importância em termos de reflexões quando o vi pela primeira vez, mesmo tendo gostado bastante. O filme é X-Men 3. Nada aparentemente muito profundo ou muito marcante, mas enquanto caminhava de volta para minha casa pensei sobre as posições que assumimos ao longo da vida sobre qualquer assunto, as posturas e as decisões que eu já tomei até hoje nas situações pelas qual eu passei e finalmente na minha opnião sobre o mundo que nos rodeia e padece a cada dia.
Refleti sobre as Guerras contra o Terror, promovidas por Estados Unidos, Inglaterra entre outros e a também sobre as Ditaduras do Oriente Médio, sobretudo do Iraque e Afeganistão. Pensando assim, entendi o primeiro lado (William Stryker) e o segundo lado (Magneto) dos filmes X-Men e essa foi minha comparação. E dessa maneira vi como discordo dos dois lados e o que me incomodou foi como se pode discordar dos dois lados de uma moeda?
Então vem o lado de Charles Xavier, o lado que eu defendo, o lado que está fora dessa moeda.
O problema do preconceito por exemplo tratado no filme não deve ser tratado com medidas drásticas, tanto de uma quanto de outra parte: daqueles que foram injustiçados e explorados sem motivos justos (não que acredite que aja algum motivo justo para isso) se espera o troco. Esse é o lado que o Professor condena, e o lado que eu passei a condenar a muitos anos, e ontem me toquei disso, apesar de acreditar que essa é a posição mais complicada de se manter. Acho que nunca fui alvo de nenhum evento traumatizante ao ponto de mudar essa visão mas, penso que se algo acontecesse muito forte, talvez minha opnião sobre esse assunto se modificaria e eu assumiria o posto de defensor de alguma das outras situações.
Martin Luther King, um ativista na luta contra o preconceito racial que dispensa comentários, queria mostrar ao mundo que os ensinamentos de Jesus Cristo sobre vencer o mal com o amor, dar a outra face e amar o próprio inimigo, eram direcionados aos negros e enquanto tiveram suas casas queimadas e perderam seus empregos, os negros gritariam "We shall Overcome" e mantinham sua postura de defensores da não-violência.
Malcon X, outro emblemático combatente da injustiça cometida contra os negros norte-americanos, defendia outro ponto de vista. Apesar do núcleo da idéia dele e de Martin Luther King serem parecidos, se analisados de um ponto de vista particular, assim como todos os pontos de vista, são muito diferentes entre si, quase que opostos e isso fica evidenciado nos métodos adotados na luta e na postura de ambos os líderes. Malcon X defendia que nenhum negro daria a outra face e de certo modo, defendia uma espécie de segregação. Era o preconceito só que pelo outro lado (durante muitos anos, Malcon não conversava com brancos). Eram os oprimidos se tornando opressores. Injustiça minha seria dizer que Malcon defendeu isso até o resto da vida. Seus pensamentos passaram por revoluções e suas atitudes quanto aos brancos foram alteradas.
O mundo que Charles idealiza, que defendeu com tanto afinco e que este blogueiro acredita, está mais voltado para as idéias de King, porém com um elemento reconhecidamente (pelo menos por mim) utópico mas, que por bom senso não deveria ser. Esse elemento é de que ninguém deveria dar a outra face para o segundo tapa, pois o primeiro tapa não deveria ter vindo.
Refleti sobre as Guerras contra o Terror, promovidas por Estados Unidos, Inglaterra entre outros e a também sobre as Ditaduras do Oriente Médio, sobretudo do Iraque e Afeganistão. Pensando assim, entendi o primeiro lado (William Stryker) e o segundo lado (Magneto) dos filmes X-Men e essa foi minha comparação. E dessa maneira vi como discordo dos dois lados e o que me incomodou foi como se pode discordar dos dois lados de uma moeda?
Então vem o lado de Charles Xavier, o lado que eu defendo, o lado que está fora dessa moeda.
O problema do preconceito por exemplo tratado no filme não deve ser tratado com medidas drásticas, tanto de uma quanto de outra parte: daqueles que foram injustiçados e explorados sem motivos justos (não que acredite que aja algum motivo justo para isso) se espera o troco. Esse é o lado que o Professor condena, e o lado que eu passei a condenar a muitos anos, e ontem me toquei disso, apesar de acreditar que essa é a posição mais complicada de se manter. Acho que nunca fui alvo de nenhum evento traumatizante ao ponto de mudar essa visão mas, penso que se algo acontecesse muito forte, talvez minha opnião sobre esse assunto se modificaria e eu assumiria o posto de defensor de alguma das outras situações.
Martin Luther King, um ativista na luta contra o preconceito racial que dispensa comentários, queria mostrar ao mundo que os ensinamentos de Jesus Cristo sobre vencer o mal com o amor, dar a outra face e amar o próprio inimigo, eram direcionados aos negros e enquanto tiveram suas casas queimadas e perderam seus empregos, os negros gritariam "We shall Overcome" e mantinham sua postura de defensores da não-violência.
Malcon X, outro emblemático combatente da injustiça cometida contra os negros norte-americanos, defendia outro ponto de vista. Apesar do núcleo da idéia dele e de Martin Luther King serem parecidos, se analisados de um ponto de vista particular, assim como todos os pontos de vista, são muito diferentes entre si, quase que opostos e isso fica evidenciado nos métodos adotados na luta e na postura de ambos os líderes. Malcon X defendia que nenhum negro daria a outra face e de certo modo, defendia uma espécie de segregação. Era o preconceito só que pelo outro lado (durante muitos anos, Malcon não conversava com brancos). Eram os oprimidos se tornando opressores. Injustiça minha seria dizer que Malcon defendeu isso até o resto da vida. Seus pensamentos passaram por revoluções e suas atitudes quanto aos brancos foram alteradas.
O mundo que Charles idealiza, que defendeu com tanto afinco e que este blogueiro acredita, está mais voltado para as idéias de King, porém com um elemento reconhecidamente (pelo menos por mim) utópico mas, que por bom senso não deveria ser. Esse elemento é de que ninguém deveria dar a outra face para o segundo tapa, pois o primeiro tapa não deveria ter vindo.