Personas
Olá!
Outro dia estava eu e um grande amigo meu, o André, conversando sobre coisas aleatórias no msn. Em um certo ponto da conversa, começamos a falar sobre que livros estávamos lendo. Ele respondeu que estava lendo um chamado "Os Intelectuais" cujo autor esqueci agora o nome. Eu disse então que estava lendo "Por quem os Sinos Dobram", do norte americano Ernest Hemingway. Desse autor eu li apenas um livro anteriormente muito menor do que o que estou lendo agora mas memso assim gostei muito. Muito mesmo! O outro livro altamente recomendado desse cara é um chamado "O Velho e o Mar"! De qualquer maneira, eu não estou aqui para falar dos livros mas sim de uma coisa que o André me disse durante a conversa. Disse ele algo como que o Hemingway era um mentiroso, um grande mentiroso de me fazer inveja! E complementado, disse que o cara não prestava! Dai fiquei bem intrigado e perguntei por que ele tava dizendo aquilo. Sua resposta foi de que ele leu isso em uma biografia sobre o autor norte americano! E isso me deixou bem encucado! Essa conversa foi a cerca de três semanas atrás e ainda penso nisso!
O motivo que isso me incomoda ou que pelo menos me faz pensar é sobre como podemos conhecer alguém lendo sua biografia. Por mais perfeita que seja essa biografia de maneira que podemos julgar que essa pessoa "presta" ou não, ainda não tivemos a convivência com ela. De uma maneira bem fria podemos dizer se gostaríamos de ter uma relação mais estreita com um biografado pelo que ta escrito lá. E fiquei pensando em quais amigos meus gostariam de ser meus amigos se por acaso tivessem lido uma biografia minha, com todas as coisas boas e ruins que eu fiz durante a vida inteira. Se soubessem de todos os fatos, desde os mais gloriosos até os mais obscuros da minha vida! Será que eu teria tantos amigos quanto tenho hoje e a outra pergunta é, será que o André seria meu amigo mesmo assim?
Fiquei pensando também por que meus amigos são esses que tenho, sendo que todos são diferentes e gosto simplesmente muito de todos eles! Pelo menos meus amigos de verdade! Será que eles gostaram do personagem que eu sou? Ou será que vêem através dessa imagem uma pessoa que talvez nem mesmo eu mesmo sou mais capaz de ver? De qualquer forma, fiquei pensando sobre o personagem da minha biografia: seria o Marreco? Seria o Otávio? Esses dois são a mesma pessoa? Essencialmente ou literalmente? Dúvidas!
Por fim, o outro pensamento é sob que condição alguém, de acordo com sua biografia, é qualificada como uma boa pessoa? Se alguém passa a juventude inteira fazendo coisas "erradas", se envolvendo com pessoas de comportamentos ruins, mas que de repente sai dessa cidade onde mora, e qdo chega a outro lugar começa a mudar o estilo de vida, ajudando a quem pode, lutando por causas mais nobres por assim dizer, como qualificar essa pessoa? Como julgá-la? Acho que isso requer responsabilidade, e muita. E também uma grande sensatez, além é claro, de uma certeza muito grande nos seus princípios e nos seus valores. No fundo, é algo que não costumo fazer. Mas uma coisa acho engraçada nisso tudo: a necessidade de julgamento de caráter. Acho que o voyerismo não é algo que veio só com o Big Brother! Deve ser algo, como diria um outro amigo meu, "da natureza humana"!
Até!
Outro dia estava eu e um grande amigo meu, o André, conversando sobre coisas aleatórias no msn. Em um certo ponto da conversa, começamos a falar sobre que livros estávamos lendo. Ele respondeu que estava lendo um chamado "Os Intelectuais" cujo autor esqueci agora o nome. Eu disse então que estava lendo "Por quem os Sinos Dobram", do norte americano Ernest Hemingway. Desse autor eu li apenas um livro anteriormente muito menor do que o que estou lendo agora mas memso assim gostei muito. Muito mesmo! O outro livro altamente recomendado desse cara é um chamado "O Velho e o Mar"! De qualquer maneira, eu não estou aqui para falar dos livros mas sim de uma coisa que o André me disse durante a conversa. Disse ele algo como que o Hemingway era um mentiroso, um grande mentiroso de me fazer inveja! E complementado, disse que o cara não prestava! Dai fiquei bem intrigado e perguntei por que ele tava dizendo aquilo. Sua resposta foi de que ele leu isso em uma biografia sobre o autor norte americano! E isso me deixou bem encucado! Essa conversa foi a cerca de três semanas atrás e ainda penso nisso!
O motivo que isso me incomoda ou que pelo menos me faz pensar é sobre como podemos conhecer alguém lendo sua biografia. Por mais perfeita que seja essa biografia de maneira que podemos julgar que essa pessoa "presta" ou não, ainda não tivemos a convivência com ela. De uma maneira bem fria podemos dizer se gostaríamos de ter uma relação mais estreita com um biografado pelo que ta escrito lá. E fiquei pensando em quais amigos meus gostariam de ser meus amigos se por acaso tivessem lido uma biografia minha, com todas as coisas boas e ruins que eu fiz durante a vida inteira. Se soubessem de todos os fatos, desde os mais gloriosos até os mais obscuros da minha vida! Será que eu teria tantos amigos quanto tenho hoje e a outra pergunta é, será que o André seria meu amigo mesmo assim?
Fiquei pensando também por que meus amigos são esses que tenho, sendo que todos são diferentes e gosto simplesmente muito de todos eles! Pelo menos meus amigos de verdade! Será que eles gostaram do personagem que eu sou? Ou será que vêem através dessa imagem uma pessoa que talvez nem mesmo eu mesmo sou mais capaz de ver? De qualquer forma, fiquei pensando sobre o personagem da minha biografia: seria o Marreco? Seria o Otávio? Esses dois são a mesma pessoa? Essencialmente ou literalmente? Dúvidas!
Por fim, o outro pensamento é sob que condição alguém, de acordo com sua biografia, é qualificada como uma boa pessoa? Se alguém passa a juventude inteira fazendo coisas "erradas", se envolvendo com pessoas de comportamentos ruins, mas que de repente sai dessa cidade onde mora, e qdo chega a outro lugar começa a mudar o estilo de vida, ajudando a quem pode, lutando por causas mais nobres por assim dizer, como qualificar essa pessoa? Como julgá-la? Acho que isso requer responsabilidade, e muita. E também uma grande sensatez, além é claro, de uma certeza muito grande nos seus princípios e nos seus valores. No fundo, é algo que não costumo fazer. Mas uma coisa acho engraçada nisso tudo: a necessidade de julgamento de caráter. Acho que o voyerismo não é algo que veio só com o Big Brother! Deve ser algo, como diria um outro amigo meu, "da natureza humana"!
Até!