31 outubro 2007

A Parte e o Todo

Pelo que sei, esse é um livro de autoria e temática completamente desconhecidos por mim. Entretanto passei alguns momentos pensando sobre essas palavras. A parte e o todo! A parte e o todo!

Um livro quando lido pode ensinar muitas coisas e enganam-se aqueles que acham que um título, ou uma frase não possuem o mesmo poder. Se tentarmos não julgar um livro pela capa, isso não acontece com seu título pois é por esse que começamos nosso julgamento e também é claro, pelo seu autor. Este título em particular me intrigou de tal maneira devido a dois motivos:

Um deles, está relacionado com o meu trabalho. Na verdade, com uma matéria que estou cursando neste período chamada Eletrodinâmica Clássica e, especificamente, um tópico chamado Funções de Green. A priemira vista, a função de Green é gerada como a soma de duas outras funções, algo como G = F + H, em que F e H apresentam propriedades bem definidas e que não vêm ao caso.

O outro motivo foi ouvir uma frase muito típica (ou clichê) que é mais ou menos assim: "Seja você mesmo!". Acredito que esse dito tem tanta "sabedoria" quanto "Sei que você faria isso pois te conheço!". Aliás, acho que as duas estão muito relacionadas, mas não é essa relção a proposta do post. O verdadeiro motivo desse texto é o pensamento persistente de o que é eu ser eu mesmo. Seria não fazer média com ninguém ou fingir agradar-se com algumas coisas para conseguir algum benefício? Isso seria fasildade e mentira? Acho que é o que dizem por ai!

Um exemplo prático sou eu. Me chamo Otávio e meu apelido é Marreco. Para quem me conhece sabe que a seis anos sai de casa para fazer faculdade em outro estado. Até então eu era o Otávio durante os 17 anos que passei no Espírito Santo. Os seis anos que estou aqui em Saõ Carlos, São Paulo, comecei a ser conhecido como Marreco. Quem me conhecia como Otávio (no meu estado de origem) tem uma impressão dos que me conhecem como Marreco que são as pessoas que hoje convivem aqui comigo. A forma como que me conhecem é diferente. Mas o que quero dizer é que não é porque convivem comigo agora ou tiveram experiências no passado que eu sou esse ou sou aquele de verdade. De que eu sou uma dessas duas facetas. O que sou é a soma dessas duas e de mais outras tantas que apresento dependendo da situação. Como se fosse uma função que é a soma de outras funções.

Se por acaso eu menti para conseguir vantagem ou sou sincero para não machucar algumém, todas essas pequenas atitudes, esas pequenas partes são o que eu sou. A parte e o Todo. Então quando alguem me diz "Seja você mesmo!", e outra pessoa me diz isso também, estão pedindo coisas diferentes. Eu sempre sou eu mesmo pois o que se conhece de alguém é só uma parte. Somente para mim posso ser o todo!

Gregor Samsa, Fausto e o Pequeno Príncipe

O que esses três nomes têm em comum? São personagens de grandes livros que nunca li. Gregor, protagonista da metamorfose, Fausto do lendário Goethe e o Pequeno Príncipe cujo autor eu não tenho a menor noção de quem seja, são mesmo assim significativos na minha vida. Pensando sobre eles, cheguei a conclusão de que me moldaram ao longo desses vinte e três anos.

A Metamorfose desses três é o livro que mais sei sobre sem ao menos nunca tomar um exemplar em minhas mãos. A transformação que Gregor sofre meio que "do nada" foi tema de músicas que ouvi, conversas que tive e influenciaram diretores de cinema que consumi. Chego a ser ousado ao ponto de dizer que o conheço com certo grau de profundiddade sem ao menos ler uma de suas frases. Já ouvi por ai até a primeira das orações mas nunca meus olhos chegaram a vê-la.

O Pequeno Príncipe é um caso estranho. Duarnte anos prometi a mim mesmo que iria lê-lo. Uma ou duas vezes comecei a mas não passei do começo. O rapazinho é interessante pelo que ouço dizer por ai. Acho que idealizava nesse personagem bons valores, pureza e muitas coisas que conduzia minha maneira de pensar. A beleza em todas as suas formas presente em uma criannça e a nobresa e altivez de um príncipe. Por anos vi todos os meus ideais neste clássico personagem. Dele então desisti. Não o li e não sei quando farei isso.

Por último, dos três e o mais marcante ou pelo menos mais presente é Fausto. Não li nenhuma, rigorosamente nenhuma frase, nem uma palavra, a não ser o título. Fausto. Acho que nem o genial Goethe seria capaz de dizer quão forte e marcante pra mim ele se tornou. Minha experiência com este clássico se resume a alguns segundos. Enquanto segurava o livro durante a feira que ocorreu aqui na UFSCar, desejei tê-lo. Possui-lo. Ler suas orações e senti-lo como se o mundo fosse escuro e a única coisa que existia era aquele tijolo de papel. Tinha a necessidade de capturar toda sua essência e compreende-lo em sua plenitude e, durante aqueles segundos, era só o que eu querica.

Dessa maneira esses três livros contam minha história. Me sinto ridículo-lo de nunca os ter lido estar pensando neles agora, mas não me importo. Vejo o mundo hoje e como está diferente de a alguns dias atrás.

13 outubro 2007

Desafio

Para afastar a poeira do blog vou aceitar o desafio de um amigo meu, o Nerso (www.atoidiota.blogspot.com), que uma vez foi proposto por uma outra amiga, a Mariane (www.fotolog.com/ceresjinha), já tinha deixado no fotolog dela.
O desafio chama-se "Sete Coisas Sobre Mim ou Que Aconteceram Comigo" e estou me propondo a responder!

1 - Uma vez, quando eu tinha cinco anos de idade, inventei que a educação física da escola era uma competição oficial naquele dia e que iria valer medalhas e troféus. Aquele dia eu fui a pessoa mais adorada da escola pois eu era o único que sabia quando, onde e por quem as medalhas e os troféus iriam ser entregues. Depois eu fui um dos garotos mais odiados nos meses que se seguiram quando descobriram que essa foi a minha primeira mentira. Alguns dos meus amigos deixaram de falar comigo depois daquilo.

2 - Quando eu era criança, com cerca de oito anos, mudei do meu bairro de origem (Lagoa do Meio - Linhares) para o centro da cidade. Naquela época, meus dois melhores amigos eram dois irmãos chamados Marcos e Júnior, que volta e meia eu ia visita-los. Um dia agente tava com uma série de peças de plástico e borracha e ficamos comfabulando sobre colocar fogo naquilo. Tinha uma pecinha que eu pensei quão legal ia ser colocar fogo naquilo. Uma vez fui com minha mãe a costureira dela, que era vizinha desses meus amigos e fui la ver se eles estavam em casa, e ninguem me respondia. Então a costureira me contou que um deles, o Júnior, havia se queimado muito de seu corpo quando colocou, junto com o Marcos, fogo nas pecinhas. Até hoje me sinto culpado pelo meu amigo ter se queimado. Ele não faleceu mas foi muito doloroso e até hoje carrega as marcas no corpo.

3 - Ainda quando criança e morava no bairro Lagoa do Meio, sai de casa umas seis horas da manhã de um sábado para brincar. Antes disso porém, acendi uma vela e coloquei bem debaixo da cama dos meus pais que ainda dormiam. Até hoje não sei por que fiz isso, mas podia ter terminado muito mal.

4 - Não gosto de discutir alguns assuntos e nem com algumas pessoas, e muitas vezes eu prefiro ficar quieto. As vezes parece omissão e no fundo é. Não quero me aborrecer muitas vezes e fico calado. Minha família costuma dizer que as vezes eu sou exageradamente calmo e que pareco uma mosca morta. Isso é porque eles nunca me viram nervoso, fora de controle. Fico assustado comigo quando isso acontece. A parte do meu coração que é muito podre vem a tona de um jeito muito forte. É realmente uma cena muito forte de se ver!

5 - Acredito piamente que sempre temos de fazer o certo. Entretanto faço um monte de besteiras toscas e fico muito mal com isso. Além do que, tenho coração muito mole para diversas sicuações como crianças chorando ou até mesmo crianças pedindo dinheiro na rua!

6 - Tinha uma inclinação para o ocultismo, os discos voadores, o poder da mente e essas coisas que hoje eu repudio tanto e acabo até ofendendo algumas pessoas. Um dos grandes defeitos que eu vejo em mim e que eu, com ser patético que sou adoro apontar nas outras pessoas, é a arrogância. Não que eu seja arrogante todo tempo mas volta e meia eu sou batante e isso me chateia!

7 - Nunca matei um passarinho, nem mesmo um gato ou qualquer bicho que meus amigos costumavam matar. A única vez que matei um animal de fato foi um calango que torturei com meus amigos. Depois daquilo, fiquei com aversão a tortura animal e quase virei vegetariano.

Bom, agora devo desafiar sete pessoas. Acho que nenhuma delas vai aceitar o desafio maaass...la vai hehehe

Benette - Confraria dos Peixes
André - Retratos por Escrito
Elton Chapado - Casa de Tolerância
Bruno - Casa de Tolerância
Paula - Muito Barulho por Nada
Pérsio - Tolerância Zero? Que Nada!
Fortes - Bem Vindo ao Novo

Até!